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Rainha britânica e peça "A Ratoeira" comemoram 50 anos
14:03 - 26/11
Reuters
LONDRES (Reuters) - Duas instituições britânicas veneráveis comemoraram 50 anos juntas na segunda-feira, quando a rainha Elizabeth foi assistir à 20.807a encenação da peça "A Ratoeira".
A peça que está em cartaz há mais tempo no mundo e, ao lado do Palácio de Buckingham, é uma das principais atrações turísticas de Londres, estreou no ano em que a rainha Elizabeth subiu ao trono. Meio século mais tarde, as duas marcaram seus jubileus de ouro com muito estilo.
O diretor ganhador de Oscar Richard Attenborough, que participou da produção original da peça, subiu ao palco após a apresentação de gala para levar adiante uma tradição: pedir ao público que não revele o nome do assassino na peça.
Explicando por que o assassino está em cartaz há tanto tempo, Attenborough disse à Reuters pouco antes da apresentação histórica: "Ela está durando porque é uma peça boa à beça. Agatha Christie é extremamente inteligente".
Foi a primeira vez que a rainha Elizabeth assistiu ao clássico de Christie, que já foi visto por mais de 10 milhões de pessoas, encenado em 44 países e em 24 línguas diferentes.
Depois da apresentação, ela subiu ao palco para parabenizar o elenco e foi saudada com aplausos tumultuosos.
Os críticos podem zombar de "A Ratoeira", qualificando-a como anacronismo do teatro, mas a peça sobreviveu à queda dramática de bilheteria que afetou outros espetáculos depois que os ataques de 11 de setembro do ano passado prejudicaram o turismo mundial.
David Turner, que dirige "A Ratoeira" há 15 anos, disse que não prevê o fim da peça. "Sempre temos uma lotação média de 75 por cento ao longo do ano", disse ele à Reuters no 50o aniversário da peça. "Sinto orgulho de fazer parte da história do teatro."
O elenco muda a cada 10 meses. Turner recebe 3.000 cartas por ano de atores interessados em trabalhar nela.
O neto de Agatha Christie, Matthew Pritchard, que recebeu os direitos autorais de "A Ratoeira" de presente de sua avó quando completou 9 anos, disse que a autora, que morreu em 1976, talvez estivesse observando a festa de 50 anos.
"Espero que ela, onde estiver, esteja curtindo o momento tanto quanto nós estamos", disse ele.
Enviado à mailing por Dani em 26-11-2002
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