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..:: Desafio do Conto Laranja ::..

Sobre Laranjas

Tá. Não vou contar um conto, como pediu o Samael, vou contar um causo que aconteceu há muitos e muitos anos.

Parte I

- Mas amor é um sentimento humano!, protestou Neo.
- Não. Amor é uma palavra.

Parte II

Era uma moça que não gostava de ficar. Beijar, amassar e, se der tempo, dizer tchau? Não. Saía sempre com aquela pose de eu-sei-que-eu-sou-gostosa-mas-não-sou-pro-seu-bico e nunca tinha problemas. Os carinhas chegavam, ela despachava sem olhar duas vezes e continuava dançando. Um dia se apaixonou por (digamos, Eduardo) e aí teve certeza que nunca mesmo ia querer 'ficar' com alguém. A música acabou, começou outra, o romance não deu muito certo e lá estava ela de volta às pistas de dança, ainda apaixonada, ainda sonhando com um beijo dele. Os carinhas chegavam, ela despachava sem olhar duas vezes, até que:
- Aê, você é muito (isso e aquilo), meu nome é (digamos, Eduardo), qual é o seu?
Ela parou de dançar.
- O que disse?
Ele repetiu, obediente:
- Aê, você é muito...
- Não, não, a parte do nome. Qual é o seu nome?
- (digamos, Eduardo)
Agarraram-se na mesma hora, separaram-se pouco depois, mas ninguém ia poder dizer que ela não tinha beijado o (digamos, Eduardo) novamente.

De modo que a velha pode chupar bocha, desde que seja laranja.

Enviado à mailing por Lu Bertini em 12-11-2003