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"Bolivian News - Diário de Bordo" CAPÍTULO 6 - Vivo, pero no mucho!
Saudações, galera do mistério!
Pela repentina aparição de acentos, devem ter desconfiado de que I´m finally back a nossa boa e velha terrinha. Quanto mais eu viajo, quanto mais lugares eu conheço, mais aumenta meu amor e paixão por essa terra. Ah, que bom estar em casa... (bem, ainda não cheguei EM CASA, quero dizer, não na minha casa, ainda não encontrei os Lu´s). Mas AMANHÃ...
O negócio é que a viagem demorou muito mais do que o previsto, e de Santa Cruz de La Sierra a São Paulo levou nada menos do que 60 horas. Ééééé, Mr. M, 60 horinhas. Imaginem a situação: a Ferrovia Oriental, da Bolívia, tem nada mais do que UMA, UMA ÚNICA LINHA de trem, tanto para os que sobem como para os que descem. Quer dizer, quando eles percebem que tem um trem vindo na direção contrária (isso QUANDO percebem), tem que entrar no primeiro desvio disponível, esperar o trem passar e continuar viagem. Háá, e tem mais: a mesma linha serve para trens de carga e passageiros, ou seja, muitas vezes estamos viajando atrás de um cargueiro de 52 vagões, sujeitos a qualquer contratempo. E foi o que aconteceu. Descarrilou um vagão de gasolina (!!!) de um trem que estava meia hora em nossa frente, e ficamos parados nada menos que 6 horas em uma vila chamada San Jose de Chiquitos, a 4 horas de Santa Cruz.
Até aí, considerando que tivemos 9 horas de atraso para chegar na fronteira, não teríamos tanto problema, uma vez que fretamos um ônibus da Andorinha que estava nos aguardando. O que não contávamos é com o fato de que nos atrasamos tanto, que chegamos na fronteira faltando 30 minutos para fechar o posto da Polícia Federal em Corumbá. Resultado: chegamos lá no exato instante em que os funcionários encerravam o sistema e desligavam os computadores. Que quer dizer isso? Que carimbo no passaporte dos Bolivianos, agora, só no dia seguinte, a partir das 8 horas. Sem outra alternativa, tivemos quer passar uma noite na fronteira, sendo devorado por uma nuvem de pernilongos digna de "As 7 pragas do Egito". Eles não picavam, eles mascavam nossos pés e pernas. Cês não imaginam o estado em que se encontram meus membros inferiores. Parei de contar as picadas quando cheguei a 137, depois me embananei e desisti.
Finalmente, ontem, quarta-feira, às 7:00, chegávamos a São Paulos nem-tão-sãos, mas salvos.
Fico até dia 12 ou 13 de novembro, quando voltarei para a Bolívia por um mês mais, até 19 ou 20 de dezembro. E em janeiro, Costa Rica´s waiting for me...
A propósito das suspeitas levantadas pelo Cão Argentino quanto a minha verdadeira identidade, informo que o fato de todo país por onde passo estar sempre vivendo algum conflito ou momento de crise social, não passa de mera coincidência. Pelo menos, até que provem o contrário.
Um abraço pra todos,
LEO (coçando a perna, coçando, coçando...WMPGFFFF!!!)
Enviado à mailing por Leo em 30-10-2003
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