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..:: John Christow ::..

Trechos de "The Hollow"

"De certa forma, ele [John Christow] sentia a sensação extraordinária de estar começando uma nova vida, sem os aborrecimentos e assombrações do passado. Devia ter sido extremamente difícil conviver com ele nos últimos um ou dois anos."
(pág. 108)


"Levantou a vista abruptamente, perturbado por um leve e inesperado ruído. Ouvira tiros no bosque, lá em cima, e os ruídos comuns dos bosques, pássaros, e o som melancólico de folhas caindo. Mas esse era outro ruído - apenas um leve clique. E, de repente, John pressentiu agudamente o perigo. Quanto tempo estivera sentado ali? Meia hora? Havia alguém o observando. Alguém...
E aquele clique fora... claro que sim...
Voltou-se depressa, sendo homem de reações muito rápidas. Mas dessa vez não fora rápido o bastante. Seus olhos se arregalaram de surpresa, mas não houve tempo para emitir um som.
O tiro soou e ele caiu, desajeitado, esparramado na beira da piscina."
(págs. 108 e 109)


"E de repente, com um tremendo choque, com aquela sensação difusa como a de um filme fora de foco, Hercule Poirot percebeu que aquela encenação artificial tinha um quê de realidade.
Pois o que ele observava, se não era um morto, pelo menos era um homem agonizante."
(pág. 115)


"Depois voltou os olhos para o homem baleado e assustou-se. Pois o homem tinha os olhos abertos. Eram de um azul intenso e traziam uma expressão que Poirot não conseguiu discernir, mas que descreveu para si mesmo com uma espécie de percepção intensa.
E subitamente, pelo menos foi o que pareceu a Poirot, em todo aquele grupo apenas uma pessoa parecia estar realmente viva - o homem prestes a morrer.
Poirot jamais tivera uma impressão tão forte de vitalidade intensa e vivaz. As outras pessoas não passavam de sombras pálidas, atores de um drama distante, mas aquele homem era real."
(pág. 116)


Enviado à mailing por Mitáfilo em 13-06-2003