“ Não posso entender como conseguiram fazer todo esse estrago em menos de uma hora. Estava tudo revirado. Gavetas no chão, armários abertos, roupas espalhadas. Algumas cadeiras foram quebradas e até os tecidos de móveis estofados e almofadas foram rasgados”
Essas palavras são parte do depoimento prestado à policia por João Alfredo, o caseiro da residência de Lúcia e Jorge Biquy, que havia sido assaltada.
Lúcia e Jorge viajaram e João Alfredo ficou cuidando da casa. Em um Sábado, pela manhã, o caseiro fechou a residência e saiu para visitar sua família. Ao retornar, à tarde, encontrou a casa arrombada. Os ladrões roubaram quadros e outras peças de valor. João Alfredo chamou a polícia imediatamente. Enquanto policiais isolavam o local e começavam a perícia, João Alfredo prestava depoimento na delegacia.
Após ouvir o depoimento do caseiro, o inspetor Alexandre Siengen foi ao local do assalto. Moradores de casas próximas viram três rapazes em frente ao portão da casa dos Biquy. Não pareciam ladrões. Estavam bem vertidos, eram jovens e conversavam entre si. A polícia conseguiu fazer o retrato falado desses rapazes e constatou que dois deles eram procurados por roubos a residências, praticados a tempos atrás.
O delegado Marcelo disse a inspetor Siegen:
- Pretendo apanhar esses três dentro de 24 horas.
O inspetor respondeu:
- Ótimo. Mas creio que existia um quarto cúmplice.
Por que o inspetor desconfiou da existência do quarto cúmplice?