O bairro de Graviola, localizado na baixada da zona leste da cidade, é habitado por pessoas de baixa renda. O principal meio de transporte é o trem, que leva os passageiros ao centro da cidade.
O bairro é alvo de constantes incursões policiais, em decorrência no alto índice de criminalidade e por abrigar organizações criminosas que, vez por outra, brigam entre si.
Bem diferente de Graviola é o bairro de Tibiara, localizado na zona nobre da cidade e onde mora Dulce Helena Dyprá, a principal acionista de uma conhecida indústria de cosméticos. O inspetor Alexandre Siegen observava a decoração da luxuosa sala de estar de Dulce Helena, enquanto esperava-a para conversar: as jóias de Dulce Helena, herança de família havia gerações, tinham sido roubadas.
Os ladrões telefonaram exigindo uma significativa quantia em dinheiro para a devolução das jóias.
Dulce Helena passou ao inspetor informações sobre as pessoas que, habitual ou ocasionalmente, freqüentavam sua casa, bem como o local de moradia de seus empregados domésticos e o teor das conversas telefônicas com os bandidos. Forma dois telefonemas pedindo resgate e dizendo que eram de um morro em Graviola.
O inspetor Siegen fez um relatório contendo as informações prestadas por Dulce Helena e entregou-o ao delegado responsável pelo caso. Algumas horas depois, Siegen foi informado de que um grupo de policiais havia sido designado para realizar investigações no bairro de Graviola.
Em conversa com o delegado, o inspetor Siegen disse que, em sua opinião, os ladrões não estariam em Graviola.
Por quê?