O projeto escola modelo, recém-implantado na Escola Estadual Flor-de-Lis, foi muito bem-sucedido e tornou-se exemplo para a melhoria do ensino público na cidade.
Os nomes de todos os alunos, bem como notas escolares e outros dados, ficam armazenados em programas de computador, e os professores usam telas de projeção durante as aulas. A área destinada a ginástica e esportes funciona também à noite e nos finais de semana. As notas e o comportamento dos alunos, dentro e fora da escola, melhoraram muito.
Contudo, um dos alunos estava sendo acusado de ter praticado um roubo a residência, juntamente com outros dois menores. O aluno era Maurício e fora acusado por João, o dono do apartamento roubado, que disse ter visto quando os três meninos saíram de sua casa, vestidos com o uniforme da Escola Santa Margarida.
Os outros dois meninos não foram encontrados, e Maurício negou participação no roubo.
Maurício estava detido na Fundação do Menor, quando o inspetor Alexandre Siegen foi à casa dele, onde encontrou-se com D. Helena, a mãe do menor. Depois de vistoriar o quarto do menino, o inspetor conversou com D. Helena, que lhe disse:
- Meu filho é bem-educado e tem em casa o que necessita. É um menino prestativo e estudioso. Jamais cometeria uma delinqüência.
Mais tarde, o inspetor Siegen preparou seu relatório, no qual escreveu que Maurício poderia ter praticado o roubo.
Por quê?