Em um depoimento na delegacia...
- E então, vai apresentar sua arma? - perguntou o delegado Wilson.
- Aqui está - disse o acusado Jeferson, colocando uma pistola sobre a mesa.
- E o que você tem a declarar? - perguntou o delegado.
- Não cometi o crime e, há muito tempo, não uso revólver calibre 38. O senhor sabe disso muito bem - respondeu Jeferson.
Jeferson "maluco", ex-presidiário que retornou ao mundo do crime, estava sendo acusado pela morte de José Fernandes, proprietário de um bar. O comerciante foi morto com um tiro após reagir a um assalto ao bar. Embora os três assaltantes estivessem encapuzados, Jeferson foi preso por ter feito diversas ameaças a José Fernandes, seu desafeto. Essas ameaças foram testemunhadas por clientes do bar e denunciadas pelo comerciante na Delegacia de Polícia.
O crime ocorrera no dia anterior ao depoimento de Jeferson na delegacia. Terminado o depoimento, o inspetor Alexandre Siegen acompanhou o delegado Wilson até sua sala. Logo ao chegarem, uma funcionária entregou o laudo pericial sobre a morte de José Fernandes, que acabara de ficar pronto. O laudo atestava que a causa da morte foi um tiro de revólver calibre 38.
- O que você acha, Siegen? - perguntou o delegado.
- Já sabemos da participação de Jeferson no crime. Só faltam as provas.
Por que Siegen fez essa afirmação?