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..:: A Morte do Jovem Guilherme ::..

As circunstâncias da morte de Guilherme Antero causaram surpresa e incredulidade. Empresário bem sucedido, era proprietário de uma rede de três lanchonetes, apesar de contar apenas 26 anos de idade. Soubera aproveitar e ampliar o primeiro ponto comercial, herdado do pai. Dotado de especial habilidade para fazer amizades, eram inúmeros os seus amigos, que demonstravam perplexidade diante da afirmativa de morte por suicídio, atestada no laudo pericial.

O inspetor Alexandre Siegen investigava esse caso, a pedido da família de Guilherme. Quatro dias depois da morte do rapaz, Siegen procurou Márcio, o amigo de infância que se tornara companheiro inseparável de Guilherme. Alguns até pensavam que eram irmãos. E Márcio relatou a Siegen:

- Guilherme amava viver, divertir-se, conhecer pessoas e lugares novos. Sempre soube como gastar bem o dinheiro que gastava. Dentro de três dias, partiríamos para nova viagem de férias. Nós mesmos faziamos juntos os roteiros de nossas viagens.

- Fale-me mais sobre a vida pessoal de Guilherme - perguntou Siegen.

- Ele morava sozinho em uma casa própria, localizada próximo a casa da mãe. Tinha vida social intensa, pois era pessoa muito querida e requisitada. Teve muitas namoradas, mas nenhum compromisso sério. Quando o telefone tocou na noite anterior ao dia de sua morte, e do outro lado da linha Guilherme disse-me onde estaria nas próximas horas, eu estranhei muito, porque esse comportamento não era habitual.

Nove horas depois desse telefonema, Guilherme foi encontrado morto, asfixiado por vazamento de gás, em um quarto de motel. Durante as investigações, o porteiro afirmou que Guilherme havia entrado sozinho no motel, dizendo que iria passar ali aquela noite. E afirmou também não ter estranhado o fato, pois atitudes como esta são cada vez mais freqüentes, e naquela mesma noite outras pessoas haviam entrado e saído sozinhas.

O dispositivo de segurança do gás do banheiro do quarto foi encontrado aberto, e não havia vestígio que houvera outra pessoa no local.

Os demais depoimentos sobre Guilherme, recolhidos por Siegen entre seus amigos, eram semelhantes ao depoimento de Márcio sobre a personalidade e vida pessoal do rapaz. Nada de novo foi acrescentado.

Depois dessas investigações, o inpetor Siegen conclui por contestar o laudo pericial que atestava o suicídio, determinando novas investigações sobre o caso, por acreditar que a morte de Guilherme não havia sido causado por suicídio, e sim assassinato.

O que levou Siegen a pensar assim?


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Enviado à mailing por Rodrigo Rabelo em 29-04-2001